Oração e esperança: a origem do Dia de Todos os Fiéis Defuntos

O dia dedicado a lembrar os mortos foi instituído oficialmente por Odilo de Cluny em 2 de novembro de 998 do século X. Odilo era abade, uma espécie de pai espiritual no mosteiro beneditino de Cluny, na França. Segundo o site oficial da Santa Sé, a prática de orar e celebrar a Eucaristia em homenagem aos mortos já existia desde o século II. Era comum orar pelos mortos no terceiro dia após o sepultamento, depois isso passou a ser feito no aniversário de falecimento e finalmente tornou-se comum orar no 7º e 30º dia da morte. Em 1915, o Santo Padre Papa Bento XV permitiu que os padres celebrassem missas no dia 2 de novembro, propondo uma liturgia voltada ao mistério pascal da ressurreição de Jesus Cristo. Quando a comemoração do dia de Todos os Fiéis Defuntos completou um milênio no ano de 1998, o então Santo Padre Papa João Paulo II escreveu uma carta ao bispo francês Dom Reymond Séguy , cujo trecho dizia:

“Ao rezar pelos defuntos, a Igreja contempla sobretudo o mistério da Ressurreição de Cristo, que nos obtém a salvação e a vida eterna através da sua Cruz”.

A morte, suas razões e por que oramos aos mortos

O pároco da igreja São José de Guarulhos, Pe. Weber Galvani, diz que, do ponto de vista teológico, a morte pode ser explicada a partir de duas realidades – da criatura e do pecado. Toda a criatura que não é Deus passa, ou seja, morre após nascer, crescer e envelhecer. No pecado, o ser humano deixa de estar em comunhão com Deus, uma morte que vai além do corpo físico, mas também existencial, retirando tudo o que dá sentido à vida. Pe. Weber acrescenta que, muitos deixam essa vida carregando consigo os males causados pelo pecado e que por isso precisam passar por um processo de purificação. É a partir desta lógica que precisamos auxiliar aqueles que se foram por meio da oração. Veja a entrevista completa com o Pe. Weber Galvani aqui.

Compartilhe

×